
Os cientistas analisaram a composição da joia e encontraram ferro e níquel em proporção equivalente à de um meteorito. A hipótese de que o material caiu do céu foi confirmada com a identificação de uma estrutura conhecida como padrão de Widmanstattën, formado por linhas características da lenta cristalização de ferro e níquel no interior dos asteroides que dão origem aos meteoritos.
Por meio de tomografia computadorizada, os cientistas conseguiram também construir um modelo tridimensional da estrutura da joia e descobriram como ela foi fabricada, milênios antes da mais antiga evidência de derretimento de ferro, que data do século 6 a.C. Os antigos egípcios martelaram um pedaço de ferro de um meteorito até que ele se transformasse em uma pequena placa, que depois foi embutida no colar..
A peça analisada faz parte de um conjunto de nove contas de colar encontradas em 1911, dentro de uma tumba do cemitério de Gerzeh, localizado a aproximadamente 70 quilômetros ao sul do Cairo, no Egito. A sugestão de que as peças seriam originárias de meteoritos surgiu em 1928, quando um estudo observou a presença de níquel nas contas. Até hoje, porém, não existiam indícios mais fortes que pudessem sustentar a hipótese.
REVISTA VEJA
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