Uma das maiores processadoras de amêndoas de cacau instaladas em Ilhéus, a Cargill Agrícola pode ter as atividades paralisadas nos próximos dias. Isso, devido ao que os funcionários classificam como intransigência da empresa durante as negociações da campanha salarial.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Moageira de Ilhéus e Itabuna, Luiz Fernandes, a multinacional culpa a crise econômica mundial pelos entraves nas negociações, que envolvem reajuste salarial, do vale-alimentação e da Participação de Lucros e Resultados (PLR). No entanto, o sindicalista lembra dos bons números apresentados pelas indústrias moageiras em todo o mundo no primeiro semestre de 2015.
Com data-base em junho, portanto há mais de um ano sem reajuste, a categoria reivindica aumento de 13% nos salários, enquanto a Cargill oferece 7,5%. Sobre o PLR e alimentação, a empresa sequer apresentou proposta.
Fernandes afirma que o sindicato não negociará com a empresa valores abaixo do acertado em acordo com os trabalhadores. Nesta semana, deverá ocorrer nova rodada de negociação. Caso a postura da Cargill se mantenha, o Sindicacau convocará assembleia para deflagrar greve por tempo indeterminado. PIMENTA
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