Uma mulher de 47 anos foi presa na sexta-feira (9) suspeita de obrigar a própria filha, de 12 anos, a se prostituir em Tatuí (SP). Segundo o Conselho Tutelar da cidade, a mãe, que é prostituta, obrigou a menina a fazer sexo vaginal, oral e anal com três homens, sendo um deles um idoso de 71 anos com quem elas moravam. Após ser presa, a mulher pagou fiança de R$ 5 mil. Ela foi detida por abandono de incapaz e abandono intelectual, já que tirou a menina da escola, e também pode responder pelos estupros.
A menina disse ao Conselho Tutelar que os abusos aconteceram em datas diferentes nos últimos três meses, desde julho, quando ela e a mãe começaram a viver com o idoso, no Bairro Novo Horizonte. “Como a casa era do idoso, talvez tanto a mãe como a filha foram obrigadas a fazer sexo para ficar lá”, afirma o presidente do Conselho Tutelar, Luiz dos Santos Netto.
Outro homem, de 46 anos, suspeito de manter relações sexuais com a menina, vive no mesmo bairro. Ele e o idoso prestaram depoimento, negaram a versão da menina e foram liberados. O terceiro suspeito de estupro, de 37 anos, já está preso por outro crime cometido e ainda não falou sobre o caso.
A mãe da garota foi liberada após pagar fiança. “Ela, como protetora da criança, permitiu que ficasse exposta aos abusos sexuais, então também é responsável pelas suspeitas de estupro. Acho que para evitar que a filha contasse o que estava acontecendo, também tirou a menina da escola e a deixava dentro da casa todos os dias”, diz o conselheiro tutelar.
‘Só pedia por banho’
De acordo com a conselheira Fabiana Cristina Campos, a menina contou que estava há cinco dias sem tomar banho, sem alimentação adequada e estava cheia de piolhos. “A casa era muito suja”, afirma.
De acordo com a conselheira Fabiana Cristina Campos, a menina contou que estava há cinco dias sem tomar banho, sem alimentação adequada e estava cheia de piolhos. “A casa era muito suja”, afirma.
O presidente do Conselho, Santos Netto, ressalta ainda que a menina tinha a aparência debilitada e só pedia por um banho durante a conversa. "A cada momento ela parava para perguntar se podia tomar um banho. Além da infestação de piolhos, as unhas estavam compridas e sujas. Me parece que há uma falta de estrutura familiar desde a juventude dessa mãe, já que ela expõe a própria filha a tais riscos”, afirma.
G1 SP
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