Valéria Ribeiro da Silva, o ex-namorado dela, Leandro Negretti, e uma prima dela, Priscila de Fátima Ribeiro, foram indiciados pela morte de Elenir Ribeiro, de 45 anos, mãe de Valéria, em Caçador, no Oeste de Santa Catarina, informou o delegado Fabiano Locatelli. O inquérito foi concluído e entregue ao fórum na quinta-feira (23).
De acordo com o delegado, a jovem vai responder por homicídio triplamente qualificado: motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e meio insidioso. “A vítima foi enganada para o remédio. Não esperava aquela atitude da filha. Tomou o remédio junto com os que ela já tomava habitualmente”, explicou o delegado.Elenir sofria de esquizofrenia e necessitava de cuidados especiais, dos quais a filha era encarregada. Segundo o delegado responsável pelo caso, Fabiano Locatelli, o ex-namorado, Leandro Negretti, de 24 anos, indicou um emagrecedor vendido sem retenção de receita médica, que não seria identificado em uma perícia.
O ex-namorado e a prima foram indiciados por homicídio, mas só com as duas primeiras qualificadoras.
Presos
Os três suspeitos estão presos em Caçadordesde 14 de junho. Ao ser presa, a filha preferiu permanecer em silêncio. O ex-namorado alegou desconhecer o que a garota pretendia fazer com o remédio.
Os três suspeitos estão presos em Caçadordesde 14 de junho. Ao ser presa, a filha preferiu permanecer em silêncio. O ex-namorado alegou desconhecer o que a garota pretendia fazer com o remédio.
“Ele disse que soube só depois o que seria feito com o medicamento. No entanto, no inquérito ficou provado que ele sabia de tudo. A prima sabia de tudo desde o início, ela admitiu em depoimento, o que a torna cúmplice do crime”, disse o delegado.
Dos laudos que a Polícia Civil aguardava, o delegado recebeu uma resposta do Instituto Médico Legal (IML) antes da conclusão do inquérito. Locatelli questionou o diretor do IML em Florianópolis se a substância usada pelos indiciados foi dada em quantidade suficiente para causar a morte da vítima.
“Com base na doença dela, no peso e nas condições de saúde, ele respondeu que seis comprimidos seriam suficientes para a morte dela”, contou o delegado. Conforme a investigação, foram dados mais de dez comprimidos à vítima.
“Com base na doença dela, no peso e nas condições de saúde, ele respondeu que seis comprimidos seriam suficientes para a morte dela”, contou o delegado. Conforme a investigação, foram dados mais de dez comprimidos à vítima.
O G1 tentou contato com o advogado de Negretti, e com a advogada da Valéria e Priscila, mas não obteve êxito até a publicação desta notícia
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