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sexta-feira, 10 de junho de 2016

ITAPETINGA DE LUTO! MORRE GERAIS, CONDUTOR DA TOCHA OLÍMPICA.


Gerais, sendo aplaudido pelo povo!
Um dos desportistas mais antigos e ativos de Itapetinga, GERAIS, ou FLORISVALDO SOUZA, 73 anos, faleceu na manhã dessa sexta-feira (10) no Hospital Cristo Redentor, em Itapetinga.
Gerais foi um dos condutores da tocha olímpica durante a passagem por Itapetinga, foi ele que levou a tocha até o palanque oficial e foi parabenizado por todos.

HISTÓRIA DE VIDA DE FLORISVALDO "GERAIS"
por Hernando Cardoso

Gerais era um dos atletas mais ativos da cidade, já tendo recebido inúmeros prêmios por onde passou.

Em frente ao estádio municipal uma imagem do maratonista está pintada nas paredes do estádio.
Itapetinga está em Luto! Que descanse em Paz!
Ele é natural de Macarani-Ba, nascido em 09.11.1943, 69 anos. Casado, tem seis filhos: Ruimar, Jorlan. Marta, Alex, Washington, Cláudio e é avô de 3 netos. Chegou aqui quando ainda tinha 3 meses de vida. Criado com muito sacrifício por seus pais, “Gerais” começou seus primeiros afazeres trabalhando como ajudante de seleiro, a princípio com Júlio Seleiro, Chico Barros, Mário Almeida, Edésio e várias outros. “Fiquei meio que andarilho levando no embornal uma sovela, alicate, um par de agulhas, um compasso e uma régua. Saía para fazer selas em outras cidades, o povo vinha me buscar pra fazer casquinhos e fiz muitos deles ali em Nelson”, comentou o hoje auxiliar da comissão técnica da Seleção de Itapetinga. Ele se recorda que foi criado por sua avó, na Rua Poções, e que Itapetinga ainda não tinha o centro comercial. “Próximo à Rua Poções era tudo mato, mal tinha movimento na Rua do Cavaco. Na Concha Acústica tinha um campinho de futebol, onde Brito e outros gostavam de bater uma bolinha. Aos domingos tinha até movimento, com jogo juvenil e infantil. Comecei então a tomar gosto pelo esporte, ao lado de Jessé Quarentinha. Também me recordo que nos reuníamos com a rapaziada para brincar de dar cambalhotas. Colocávamos alguns papelões distantes um do outro pra ver quem conseguia dar as melhores cambalhotas. A gente apostava cascudos, quem ganhasse batizava o outro com um péla jegue”, recordou-se Gerais, enfatizando que as amizades antigas eram sadias, que as brigas eram bem poucas e até os cascudos eram de amigos.

Jogador mediano foi atleta do Vasquinho e do Flamenguinho de Nego Gerson. Atuou ainda pelo Vitória e pelo Santos de Beja, que tinha a maior parte de seus atletas lá na Rua do Trancado. “Joguei ao lado de Agnaldo, Gregório, Manuel Chiranha, Nego Luiz, entre vários outros, atuando como lateral direito, meia e até ponteiro”, comentou Gerais, se lastimando que tenha deixado ainda muito cedo a vida de jogador de futebol. “Na realidade passei a não ligar mais pra nada, entrei em uma bebedeira e isto foi minha complicação, larguei o esporte de lado por causa da bebida”, confessou o veterano atleta, ainda se recordando que atuou pelo Vitória do velho Lisboa, ao lado de Feitiço e Manoel Chiranha. “Mas confesso que fui muito descuidado comigo, passei a só andar nas ruas, era muito namorador, mas o vício do álcool me dominou um tempão”.

Gerais Massagista


Fácil de fazer amizades e sempre disposto a ajudar, Gerais era ainda assediado por amigos desportistas para voltar a jogar ou se enturmar com os jogadores, para deixar a bebedeira. Ele se recorda que um grande empurrão que teve para isto foi quando recebeu o convite de Zildo Carvalho para ser o massagista de um time que ele tinha, o Botafogo. “Aprendi a fazer massagens com Alexandre. Ele morava ali na descida do Ponto Certo e minha mãe era muito amiga da mulher dele. Eu ainda morava na Rua Poções e recebi a visita de Seu Zildo. Eu soube que Edgar Carneiro tinha feito uma massagem nos jogadores Viralino, Zé Gordão, Olegarinho e Duda, não se deram bem com o suporte recebido do professor Carneiro. Os jogadores na realidade se queimaram com o produto usado na massagem. Não sei se foi éter ou o que foi que ele usou, mas que não podia ser colocado no preparo e acabou prejudicando a turma. Eles acabaram perdendo um jogo importante contra o Bangu e Seu Zildo veio conversar comigo, pois sabia que eu já cuidava dos meninos do Santos, time que eu cheguei a treinar”, contou Gerais, que lançou jogadores ainda meninos como o zagueiro Sissi que atuou pelo Fluminense e pela Seleção de Itapetinga, e Pelezinho de Seu Tibúrcio, além de Delzuita, Coelba, Hermes, Zé Gordão, Birinha, Ramiro, Detinho irmão de Tobias, Nego Ziza, entre outros.

Florisvaldo Souza “Gerais” foi também dirigente técnico de alguns times, a exemplo do Santos, Mistura Fina e do Independente ao lado de Tide e ainda comandou juntamente com Dalvino e Eduardo, o juvenil do Cometa.


Gerais teve espaço também na equipe do time profissional Sport Clube Itapetinga, como auxiliar de Gilberto Gordo. “Foi um tempo bom, o time era enxuto, tinha tudo pra ir pra frente. Na época em que fui o auxiliar de Gordo o Itapetinga foi campeão, sob o comando do técnico Índio”, lembrou-se. Gerais ainda trabalhou com os técnicos Elias Borges e Batatinha, entre outros.

O veterano atleta aproveitou para agradecer ao desportista Zildo Carvalho por ter apostado que ele poderia trabalhar como massagista em algum time de Itapetinga. “Agradeço de coração porque naquela época Seu Zildo precisava de um massagista para seu time e acabou indo em minha casa me convidar para ocupar a vaga deixada por Edgar Carneiro. Foi muito importante pra mim esta escolha, pois colaborou para que eu me sentisse valorizado, levantou minha auto-estima e colaborou para que eu me desviasse do alcoolismo” – completou.

Para Gerais, a Seleção de Itapetinga é a expressão maior do esporte na cidade. Ele destaca que todas as atividades desportivas têm seu valor, mas não esconde a paixão pelo futebol. Também diz que foi através do esporte que ele teve a oportunidade de refazer sua vida. “Me perdi no alcoolismo durante muitos anos. Tem até episódio que seria engraçado a gente contar, se não fosse tão sério. Me recordo da época em que trabalhei como coveiro no Cemitério Parque da Eternidade, estava tão bêbado que acabei dormindo dentro de uma cova aberta, abraçado a um litro de cachaça. Nalva era a gerente nessa época e quando chegou o velório o povo procurando o coveiro e eu lá estava, deitado dentro da cova. Fui chamado por Julival Carvalho que era da prefeitura e levei quatro dias de advertência para que eu tomasse vergonha na cara”, comentou Gerais, que também foi gari nas ruas de Itapetinga.

Gerais maratonista


Florisvaldo Souza não esconde que foi a doença que o levou ao atletismo. Se recorda que não conseguia dormir à noite, sempre delirante, e foi levado por sua mulher para uma consulta com um psiquiatra. “Minha mulher também era gari e passou uma época muito preocupada com minha saúde. Eu fui ao Hospital Santa Maria para tomar um soro, fiquei lá em um dia que estava lotado e até parece que as enfermeiras já tinham se esquecido de mim. Então fugi do hospital e resolvi apelar a Deus pela minha recuperação, pois o médico havia dito que se eu não melhorasse, iria me mandar para ser internado em Vitória da Conquista. Supliquei a Deus uma obra em minha vida e fui ouvido. Tinha emprego, mas por causa do vício do álcool, passava privações. Morava lá na Lunolândia nos cômodos de Didi Ribeiro e acabei pedindo a Cristo uma oportunidade para mudar de vida. Fiquei tão ruim de saúde que acabei indo pra casa de minha mãe, com dificuldades financeiras. Não conseguia mais trabalhar com os seleiros, pois eles achavam que me pagando, eu iria beber. Então tomei umas vitaminas, chá de lima e acabei recobrando o juízo e melhorei a saúde. Fui escalado para vir trabalhar no estádio. Aí nesta época Seu Michel era o prefeito e a equipe dele montou uma maratona. Eu inventei de ir correr e ainda fui aconselhado por Gerôncio para desistir, pois achava que eu não agüentaria. Pois fui, ainda tomei uma cachaça e fumei um cigarro. Fiquei em quinto lugar na classificação. Ganhei gosto pelas maratonas e me juntei a Mota, o próprio Alexandre Massagista, Guilherme Pintor e vários outros que faziam parte da nossa faixa etária e me tornei um vencedor, me livrando do álcool”, lembrou-se.

Nas suas aventuras como maratonista, Gerais venceu várias de muita importância a exemplo da Corrida do Cinquentenário, Dia do Exército, Dia do Trabalho, Dia da Água, Vida Verão, Resgate dos Jovens, entre outras ocorridas aqui e em cidades da região. Mas ele destaca com maior orgulho a participação na São Silvestre, em São Paulo. “Naquela época o radialista Joilson Santos me ajudou a consegui ir pra São Paulo, fizemos um livro de ouro e saí pedindo a um e outro amigo, consegui com José Otávio as passagens e em 1999 fui o 11º colocado. Participei novamente e fiquei em 10º lugar. Em Campinas fiquei em 15º; em Belo Horizonte, na Volta da Pampulha, fiquei em 11º na minha faixa etária e tive ainda o privilégio de ganhar o Troféu Imprensa Regional, como destaque desportivo. A revista Contra o Relógio também me homenageou e passei a acompanhar Mota e outros amigos em várias maratonas regionais, uma vez que sou filiado à associação de maratonistas de Itabuna”, completou Gerais, dizendo que em sua vida pode-se registrar dois momentos de nascimento: o primeiro ocorrido em Macarani e o segundo em Itapetinga, a partir do momento em que se tornou um desportista.
Atualmente ele trabalha no Estádio Primaverão, continua integrado à Comissão Técnica da Seleção de Itapetinga e pode ser visto em pleno meio dia, correndo pelas ruas da cidade, fazendo seu treinamento.
“Agradeço a D. Raimunda e Seu Ademário que me ajudaram a ir para São Paulo, me bancaram tudo. Muitos outros confiaram em mim e deixo aqui meu muito obrigado, de coração.”, registrou o maratonista quase setentão, que já correu 42 quilômetros e 195 metros, de Santa Bárbara do Noroeste até Campinas-SP.
Gerais se recordou que teve participação importante na construção de edificações em Itapetinga, a exemplo da Igreja Batista, sendo ele um dos fornecedores de água, que era buscada em lombos de jegue, e participou da construção do Cine Fênix, onde seu amigo Djalma Pintor foi quem fez as fênixs que embelezavam as paredes do local.
Por: Hernando Cardoso, o “olho vivo”







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