Dois dias depois da divulgação dos resultados do Enem por escola, o Inep, instituto responsável pelo exame ligado ao Ministério da Educação, admitiu ter cometido um equívoco ao excluir 96% dos institutos e escolas federais do ranking que ajuda a medir a qualidade do ensino médio. Por isso, a lista terá de ser refeita. E isso é relevante. São escolas que costumam ter mais dinheiro e melhores professores do que colégios municipais e estaduais – e sempre despontam entre as públicas.
Publicado no último dia 4, o ranking do Enem relativo a 2015 registra apenas dezesseis unidades federais, contra 275 no rol do ano anterior. Só para exemplificar, entre as excluídas estão o tradicional Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, e o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), que conquistou o primeiro lugar entre todas as escolas públicas do país nas provas objetivas de 2014.
Em nota, o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) se manifestou: “As instituições da rede vêm crescendo positivamente no ranking. Portanto, tínhamos uma expectativa diferente para a divulgação do resultado. Cabe-nos, agora, dialogar e tentar reverter esta situação”, escreveu Marcelo Bender Machado, o presidente do Conif.
Não estão esclarecidas ainda as razões para tais instituições não constarem do ranking. A nota divulgada pelo Inep se refere a um erro “na interpretação da legislação por parte da equipe técnica” – a mesma que fez os cálculos para a divulgação dos resultados do Enem. Ainda é vago. O Inep promete se pronunciar de forma mais específica e, sim, processar os resultados dos institutos federais no exame. O novo ranking será divulgado tão logo possível.
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