O tabagismo é considerado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) a principal causa de morte evitável no mundo. O tabagismo está associado a 25% das mortes por doença do coração e 25% das mortes por derrame cerebral, de acordo com OMS. E para diminuir esses percentuais, no dia 31 de maio é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Tabagismo.
A organização estima que um terço da população mundial adulta, cerca de dois bilhões de pessoas, sejam fumantes. Pesquisas comprovam que aproximadamente 47% de toda a população masculina mundial e 12% da feminina fumam. Quase seis milhões de pessoas morrem por ano, das quais mais de 600 mil são não fumantes, vítimas do fumo passivo.
O que pode ser novidade para muita gente é que a nicotina, presente no cigarro, também está associada à Doença de Alzheimer, problema que afeta 1,2 milhão de pessoas no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Alzheimer.
De acordo com o neurologista Thiago Junqueira, o tabaco consegue acelerar a atrofia cerebral, diminuir a circulação do sangue, desequilibrar a produção do oxigênio, causar infartos silenciosos e ainda provocar inflamação no órgão, dando maior abertura para o surgimento da doença de forma precoce. Segundo o médico, o Alzheimer é a enfermidade neurodegenerativa mais frequente, que leva à morte de neurônios, sendo a principal causa de demência em idosos. Os sintomas iniciais são a perda de memória recente, quando o paciente passa a esquecer dos objetos e não se lembrar de coisas do dia a dia durante as conversas.
O Alzheimer costuma se manifestar principalmente em idosos, depois dos 70 anos, mas também pode se desenvolver na fase adulta, aos 30 ou 40 anos, caso tenha histórico familiar positivo da doença. Além desses aspectos de ocorrência, outros fatores de risco como o traumatismo craniano intenso ou recorrente, hipertensão arterial, AVC, obesidade, colesterol elevado, doenças cardíacas, diabetes e obesidade, se atrelado ao tabagismo, ajuda a potencializar o Alzheimer.