Foto: Divulgação / PF
O esquema de desvios de verbas da educação ocorrido na gestão da ex-prefeita de Apuarema, no sudoeste, Lene Ribeiro, funcionou com um aliciamento "literal". Conforme o delegado federal Rodrigo Kolbe, o plano da ex-gestora e do filho dela, Iago Novaes, ex-secretário de administração, corrompia moradores em troca de ofecer aos beneficiados uma parte dos salários. "Eles aliciavam literalmente. Iam a uma zona rural dessas da cidade, chamavam um cara e diziam: 'vamos abrir uma conta porque eu preciso pagar os salários de fulano", diz Kolbe em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (21).
A apuração do fato, feita em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), constatou casos como a contratação de um funcionário fantasma que residia em São Paulo. Outros servidores nem sequer trabalhavam. "Uma situação esdrúxula", enfatizou o delegado.
Conforme a Operação Inflet [em latim, inchar, inflacionar], havia pessoas contratadas para zelador que recebiam R$ 300, mas na folha de pagamentos os proventos eram de R$ 2,8 mil. Ainda segundo a operação, vários acusados confirmaram o esquema em depoimento. Os envolvidos vão responder pelos crimes de desvio de verba pública, peculato e organização criminosa.
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