A Polícia Federal, em ação conjunta com a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista (CGINT) do Ministério o Trabalho e da Previdência, integrantes da força-tarefa previdenciária, deflagrou na manhã desta terça-feira (22), a Operação Marco Reverso, que visa desarticular esquema de fraudes executadas em detrimento da Previdência Social, protagonizadas por servidor público federal nas Agência da Previdência Social de Mutuípe e Amargosa, possivelmente em parceria com uma advogada atuante na área previdenciária.
Conforme apurado pela PF, pelo menos desde 2016, o servidor público vem realizando concessões de benefícios, mediante inserções de períodos de atividades, urbana e ou rural, suspeitos de serem fictícios, nos sistemas da Previdência Social, bem como realizando agendamentos e antecipações de atendimentos em desacordo com as normas da Autarquia Previdenciária.
As investigações apontam que o servidor do INSS realizava os atendimentos, burlando a impessoalidade e atuando indevidamente nos processos. Além disso, as concessões ocorriam principalmente em reabertura de processos administrativos de benefícios indeferidos anteriormente, mediante a inserção de dados fictícios. Dessa forma, os benefícios, ao serem deferidos, geravam pagamentos retroativos em valores altos, em parcela única, com grande prejuízo ao órgão.
Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, sendo dois em Santo Antônio de Jesus e dois em Amargosa, expedidos pela Justiça Federal, de Jequié, que decretou também o afastamento das funções públicas do servidor do INSS.
O prejuízo estimado aos cofres púbicos até o momento supera os três milhões de reais, relativos a quarenta e sete benefícios com constatação de fraude, números estes que, com o avançar das investigações, poderão se revelar muito superiores.
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