Há bastante tempo, juntei algumas fotos e textos sobre a misteriosa usina asfáltica de Ilhéus, que fora anunciada em 28.04.2014 e comprada em meados de outubro do mesmo ano. Naquela época, as notícias nas mídias diziam que o equipamento adquirido era do tipo Contra – Fluxo Portátil com capacidade de produção média de 30 toneladas por hora, e que a compra da usina equivaleu a um investimento da ordem de R$ 2.340.000,00, com recursos do tesouro municipal.
A usina seria a responsável pela produção do asfalto para complementar e realizar os trabalhos de manutenção da malha viária. De imediato foi elaborado na época, um cronograma operacional para efetuar a operação tapa-buracos nas vias do município. Para colocar tudo em funcionamento, foi realizado uma licitação, sendo a vencedora a empresa Med Bahia.
Segundo comentários, a usina foi terceirizada porque a fábrica necessitava de operadores especializados, que otimizassem seu uso, garantindo material de qualidade para asfaltar ruas e avenidas da cidade. Dentre os equipamentos adquiridos estavam: um rolo compactador, caminhão espargidor, caçamba e vibro acabadora. (ver fotos originais – Secom/PMI)
E a usina foi cumprindo seu papel em plena ação, até aproximadamente início de 2017. Daí pra frente até os dias de hoje, deixou de ser assunto primordial, nos restando o boca a boca do ouvir dizer, que foram inúmeras justificativas sobre seu total abandono.
Notícias da época insinuavam que: fios foram roubados, peças quebradas e que seriam caras suas reposições; que o fornecimento da brita era de um político da cidade, e vendia a preço superfaturado, enfim, o certo é que nosso dinheiro foi pro lixo por pendências fáceis de serem resolvidas.
E hoje vivemos a mendigar asfalto, que vem de onde não sabemos, para de era em era, tapar alguns buracos privilegiados da cidade.
Perguntas que possivelmente não teremos respostas:
1. A quem pertence o terreno onde a usina está instalada, e se não for do município, que é o arrendador e quanto se paga pelo arrendamento?
2. Alguma empresa estaria usando aquele espaço atualmente, se sim, o uso é gratuito ou é arrendado?
3. De quem seria um monte de asfalto retirado da cidade, naqueles fresamentos dos asfaltos para um novo recapeamento? E por falar nisso, este fresamento foi realizado na Avenida Dois de Julho, em quase toda sua extensão e lá ficou até hoje sem recuperação asfáltica. Para quem não se lembra ver fotos atuais anexas.
Saldo de tudo isso, vocês verão nas fotos tiradas há um bom tempo, que talvez hoje os equipamentos já estejam em estado da ferrugem e depredação bem mais evidenciados, assim como ocorreu com nossa Maria Fumaça carcomida pela ferrugem no pátio da CIRETRAN, no Iguape.
Pontal, 29 de abril de 2022.
José Rezende Mendonça - Via Facebook
Nenhum comentário:
Postar um comentário