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domingo, 11 de agosto de 2024

Tragédia em Vinhedo: 60 famílias aguardam pela identificação de corpos

 Detritos estão no local da queda de um avião no estado brasileiro de São Paulo

São Paulo – Após intenso trabalho de combate às chamas e resgate que durou cerca de 30 horas e localizou os corpos das 62 vítimas do acidente aéreo com o avião da VoePass, ocorrido nessa sexta-feira (9/8), em Vinhedo, no interior do estado, as atenções se voltam, neste domingo (11/8), para o trabalho de identificação dos passageiros e tripulantes no Instituto Médico Legal (IML) Central de São Paulo.

O IML foi fechado para atender apenas as vítimas do acidente. Uma força-tarefa, que reúne mais de 40 profissionais, entre os quais 30 médicos e odontologistas, radiologistas e antropologistas, foi montada no local, segundo o governo estadual, com o objetivo de liberar os corpos a fim de que as famílias se despeçam e prestem as últimas homenagens.

Embora todos os 62 corpos já tivessem sido resgatados até o começo da noite desse sábado (10/8), apenas o piloto Danilo Santos Romano, de 35 anos, e o copiloto Humberto Campos Alencar e Silva, de 61 anos, foram identificados no mesmo dia.

Em busca de acelerar o processo, peritos passaram o sábado (10) em contato com parentes das vítimas para colher informações que possam ajudar na identificação, como sinais no corpo, fraturas, tatuagens ou a posse de algum raio X da boca, que há no histórico de dentistas.

Como alguns foram carbonizados, há uma maior dificuldade para confirmar a identidade, que só poderá ocorrer por meio de testes de DNA. Familiares já foram convidados a fornecer material genético.

14 imagens
Detritos estão no local da queda de um avião no estado brasileiro de São Paulo (vista aérea por drone). As autoridades brasileiras tentam descobrir exatamente o que causou a queda do avião do dia anterior, em que morreram todas as 62 pessoas a bordo
Movimentação na rua onde ocorreu a queda do avião
Policiais e membros da equipe de resgate montam guarda no local do acidente Voepass
ficiais da Defesa Civil são vistos na frente de um carro funerário no local de um acidente de avião em Vinhedo, cidade localizada a aproximadamente 100 km de São Paulo
Equipes de resgate são mobilizadas

“Sentados”

avião caiu na vertical, de forma que os destroços das asas e da cabine terminaram em uma posição condizente com a de uma aeronaves intacta. Dessa forma, parte dos corpos foi resgatada de suas fileiras do avião, nos assentos. A localização deles também pode ajudar no processo de identificação.

O porta-voz do Corpo de Bombeiros Maycom Cristo afirmou que o resgate foi feito da cabine em direção à cauda da aeronave, fileira por fileira. Segundo ele, apesar da colisão com o solo, os corpos permanecem nos mesmos lugares em que estavam durante o voo.

“A gente tem o desenho da aeronave no chão. A gente consegue fazer a identificação por fileiras, da cabine para a cauda. Conforme a gente localiza uma fileira, retira, identifica todos, parte para a próxima. Todos os corpos estão como se estivessem sentados nos assentos”, disse.

Vítimas do acidente com o voo 2238

A maior parte das 62 vítimas do acidente é do Paraná, de onde saiu a aeronave. Há, também, moradores de São Paulo, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro no grupo. Quatro brasileiros com dupla cidadania, sendo três venezuelanos e uma portuguesa, estão entre as vítimas.

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