COM A PALAVRA DR. GABRIEL CAMPOS: DIRETO DO DISTRITO FEDERAL.

Almocei hoje no Casapark, que em brasiliês fica localizado no SGCV Sul. Enquanto almoçava, percebi que caía uma típica chuva de dezembro... Por volta das 13h50 quando saí, o que vi na via Epia, a partir do Parkshopping, foi alagamento, bueiro de águas pluviais estourados e pontos de asfalto se deteriorando.

Estou tentando compreender o seguinte. Brasília tem alguns gargalos a serem resolvidos, como é exatamente o caso das galerias de águas pluviais e de esgoto. No entanto, preferimos gastar quase 1 bilhão de reais pra custear um estádio mirabolante, destinado à meia-dúzia de jogos de um evento privado - Copa da Fifa. Um estádio que nos será absolutamente desnecessário e sem uso. O melhor time do futebol candango - o Brasiliense - está na terceira divisão do brasileirão, e a média de público nos estádios no ano passado foi de 1.849 pagantes. Detalhe, o novo Mané Garrincha tem capacidade pra 70.000 pagantes.

Mais um detalhe, dizem os entendidos n

a matéria que um estádio como esse precisa de um evento semanal pra se sustentar e fazer algo que justifique sua construção. O destino do Mané Garrincha será uma concessão de uso de bem público a uma empresa privada, que pegará o Estádio pronto e acabado apenas para explorá-lo por um tempo certo, como, aliás, já foi anunciado no caso de Belo Horizonte e Rio de Janeiro, com o Mineirão e Maracanã, respectivamente.

Então é assim. O dinheiro público é usado pra construir uma obra de quase 1 bilhão, destinada a um evento privado, para ser posteriormente - essa obra pública - concedida a uma empresa privada, para fins privados. Enquanto isso o asfalto, águas pluviais, esgotos...

E depois de tudo, uma multidão de tolos acha que a realização da Copa da Fifa no Brasil é algo interessante. Pra mim, continua sendo mais uma das muitas "obradas" do Lula.

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Gabriel Campos

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