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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Caso Friboi: Filho de executivo morto quer que mãe vá para cadeia, diz promotor

Ana Cláudia Barros, do R7, com Estadão Conteúdo
FOTO: DIVULGAÇÃO
“Ele disse que não tem ódio da mãe. Só não aceita o fato de ela matar o pai dele e ficar impune”. A afirmação é do promotor José Carlos Cosenzo sobre o filho do executivo do frigorífico Friboi, que irá depor contra a mãe no julgamento dela, previsto para começar nesta terça-feira (24), em São Paulo. Giselma Carmen Campos Carneiro Magalhães é acusada de matar o ex-marido Humberto de Campos Magalhães, no final de 2008. Ela e o meio-irmão Kairon Vaufer Alves que, segundo o Ministério Público, contratou os responsáveis pela execução do crime, respondem por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima).
Carlos Eduardo Magalhães, filho de Humberto e Giselma, está entre as cinco testemunhas convocadas pela acusação. A defesa dos réus arrolou oito, de acordo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo). A previsão é de que o júri, que acontece no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste, a partir das 10h, dure até três dias. Os trabalhos serão conduzidos pela juíza Eliana Cassales Tosi de Mello.
O promotor tentará convencer os jurados de que Giselda matou por dinheiro e porque não queria perder status.
— Eles eram muito pobres, e ele [Humberto] virou herdeiro do Friboi. O motivo [do crime] é torpe. A vingança em decorrência do fato de ele ter a trocado por outra mulher, que Giselma tinha ódio mortal. E também porque ela  não pretendia dividir os bens e queria ficar com o status que tinha. Tanto que se recusava dar a separação.
Segundo Cosenzo, a estratégia adotada pelos advogados de Giselma será a de excluí-la da autoria do crime, fazendo com que Kairon assuma a responsabilidade. O promotor adiantou que tentará desconstruir a versão.

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