O juro cobrado por instituições financeiras no rotativo no cartão de crédito sobe 334,6% ao ano em janeiro para 342,2% ao ano em fevereiro, segundo dados do Banco Central. Com isso, a taxa atingiu o maior patamar desde o início da série histórica, em março de 2011. Na prática, isso significa cobrar juro de 0,4138% ao dia. Se um consumidor estivesse devendo R$ 1 mil no começo do mês, ao final já deveria R$ 1.127.
O juro médio total cobrado no cartão de crédito subiu 7,8 pontos porcentuais de janeiro para fevereiro. Em janeiro, a instituição passou a incorporar dados sobre esse segmento, que regula desde maio de 2013. Com a alta na margem, a taxa passou de 70,9% ao ano em janeiro para 78,7% ao ano no mês passado. No caso do parcelado, ainda dentro de cartão de crédito, o juro aumentou 6,3 pontos de janeiro para fevereiro, passando de 106,3% ao ano para 112,6% ao ano.
Entre as principais linhas de crédito livre para pessoa física, o destaque vai para o cheque especial, cuja taxa subiu de 209,0% em janeiro para 214,2% no mês passado. Para o crédito pessoal, a taxa total subiu de 46,6% em janeiro para 47% em fevereiro. No caso de consignado, a taxa passou de 26,4% para 26,8% de janeiro para fevereiro e, nas demais linhas, de 107,5% para 108,1%.
A taxa média de juros no crédito livre também subiu, mas neste caso ficou em 40,6% ao ano em fevereiro. O porcentual é recorde da série histórica iniciada em março de 2011. No primeiro bimestre deste ano, a taxa subiu 3,3 pontos porcentuais. Em 12 meses, a alta é de 4,4 pp.
Para pessoa física, a taxa de juros no crédito livre passou para 54,3% em fevereiro, também a maior da série, iniciada em março de 2011. Para pessoa jurídica, houve alta para 26,1% em fevereiro.
No caso de aquisição de veículos para pessoas físicas, os juros passaram para 24,8% de um mês para outro. A taxa média de juros no crédito total, que também inclui as operações direcionadas, subiu para 25,6% em fevereiro.
Inadimplência. A taxa de inadimplência no crédito livre permaneceu em 4,4% em fevereiro ante janeiro. Para pessoa física, passou para 5,4% na comparação mensal. Para as empresas, seguiu em 3,5% de um mês para o outro. Em janeiro, a inadimplência no crédito livre para pessoa física, que havia ficado em 5,4% e foi revisto hoje pelo BC, também bateu recorde: é a mais baixa da série histórica. DIÁRIO DO PODER
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