Dois times do interior do Brasil tentam interromper o domínio de clubes tradicionais das capitais de seus Estados nas decisões dos campeonatos estaduais que começam neste final de semana. Mais do que isso, sonham com uma façanha de conquistarem os troféus de forma inédita. Em Minas Gerais, a Caldense desafia o Atlético-MG. E no interior baiano, o Vitória da Conquista mede forças contra o Bahia.
"A campanha que fizemos vai além do que a gente havia planejado. Fizemos um planejamento para fazer um bom Estadual, mas chegar invicto à decisão foi inesperado até para nós", disse Evandro Guimarães, técnico do time do Vitória da Conquista, clube com 10 anos de fundação e que disputa a final do Baiano pela primeira vez. Foram cinco vitórias e cinco empates nas 10 partidas que levaram a equipe à decisão.
O Vitória da Conquista tem folha salarial tímida perto do rival na decisão. São R$ 180 mil por mês, somando os vencimentos de todos funcionários do clube, não só os jogadores. O Bahia gasta R$ 2,5 milhões por mês. "É um feito enorme, sem dúvida. Não dá nem para comparar o investimento. Mas fizemos um planejamento para fazer um bom papel e estamos conseguindo", disse o técnico, ex-jogador com passagem pela base do Corinthians no início dos ano 90, mas que fez carreira em times de divisões inferiores de Itália, El Salvador e Israel.
O Vitória da Conquista tem alguns jogadores famosos no elenco, como o goleiro Viáfara, colombiano que fez sucesso no xará da capital baiana, e o volante Paulo Almeida, campeão brasileiro com o Santos em 2002. "Eles ajudam muito. São importantes lideranças e referências dentro do grupo", conta. Em 2015, o time de Guimarães jogou a Copa do Brasil e foi derrotado por 4 a 1 pelo Palmeiras.
Em Minas Gerais, a Caldense, do técnico Léo Conde, liderou a primeira fase desbancando Cruzeiro e Atlético-MG. Venceu sete e empatou quatro jogos, sofrendo apenas quatro gols. Nas semifinais contra o Tombense manteve a invencibilidade com um empate em 0 a 0 e uma vitória por 2 a 0. Joga por dois empates contra o Atlético na final. IG
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