Por Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)
A comissão especial da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e Porto Sul da Assembleia Legislativa da Bahia teve um debate interessante na segunda reunião após recesso de final de ano. A deputada estadual Ivana Bastos (PSD), presidente do colegiado, informou os pares de que Rui Costa irá buscar investidores interessados nas obras durante a viagem que fará à China neste final de semana.
A parlamentar demonstrou otimismo na reativação dos canteiros que estão paralisados e sem perspectiva de encerramento. Os prazos para a conclusão de cada trecho da ferrovia estão disponíveis no site da Valec, responsável pela construção, contudo, estes já não convencem quem acompanha o desenrolar das intervenções. Inicialmente, a ferrovia deveria ser entregue em 2014.
Um dos exemplos de como os prazos são fictícios é o do lote 2A. O túnel que integra o percurso do lote 2, entre as cidades Itagibá e Manuel Vitório, passando por Jequié, deveria ser entregue em fevereiro deste ano. Não foi. Em verdade, conforme a deputada Ivana Bastos, nenhum lote foi entregue até o momento.
Dito isso, o deputado Luciano Ribeiro (DEM), membro da comissão, declarou que é preciso apurar se não improbidade administrativa ou crime de responsabilidade fiscal. As obras estão em estágios diferentes, mas as estruturas estão abandonadas e se deteriorando, portanto, na análise do parlamentar é preciso fazer um estudo minucioso dos prejuízos causados pela desestruturação dos canteiros.
“Estou sendo claro aqui. Não estou falando de corrupção. O que estou investigando é o prejuízo causado pela desorganização das obras. Não é difícil ver que o que já foi feito está exposto e se estragando. Por isso, vou continuar cobrando os dados da Valec para sabermos exatamente se isso não configuro improbidade administrativa. O fato é que prejuízo já causou”.
Orçada em R$ 4,2 bilhões a obra já custa mais e não se tem ainda informações fechadas de em quanto esta conta vai fechar.
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