Duas testemunhas da morte de Jéssica Nascimento, 21 anos, que estava grávida e perdeu o bebê, em Vitória da Conquista, sudoeste da Bahia, afirmaram, em depoimento à polícia, que o suspeito de cometer o crime, discutiu com a vítima após ela usar o aplicativo WhatsApp. O estudante Américo Francisco Vinhas Neto, 24 anos, está foragido há mais de um mês.
Os depoimentos foram obtidos pelo G1 nesta segunda-feira (20). Uma das testemunhas afirma que Américo ficou "alterado" após usar drogas junto com o grupo de três amigos que estavam na casa da vítima no dia do crime e "começou a implicar" com a vítima quando ela usava o aplicativo de mensagens.
A testemunha afirma que "estranhou" a atitude do suspeito, porque elas saiam juntas há quatro meses e era a primeira vez que tinha visto ele. Outra testemunha diz que Américo ficou "incomodado" com as mensagens que chegavam ao celular de Jéssica no dia do crime.
A advogada da família da vítima, Nádia Cardoso, defende que o suspeito cometeu o crime por ciúmes, ao ver que a jovem estava usando o celular. "Ele matou ela por motivo fútil, torpe. Ele matou Jéssica devido a ciúmes. No momento do crime, ela estava no WhatsApp mandando mensagens, ele pediu para ela sair do celular e ela se negou", afirma a defensora. Ela defende que o suspeito responda pelo crime de homicídio qualificado, cuja pena pode chegar a 30 anos.
O G1 entrou em contato com o advogado de Américo, Gutermberg Macedo, mas os telefonemas não foram atendidos. Em depoimento à polícia também obtido pelo G1, Américo afirma que usou drogas como maconha e cocaína no dia do crime, mas que não se lembra do que aconteceu.
Ele diz que bateu a cabeça na parede, perdeu a consciência e só recuperou quando estava na delegacia. Américo ainda nega ter agredido Jéssica, diz que tinha dado beijos na vítima, mas afirma que nunca teve relacionamento sexual com ela. Conforme o depoimento, ele também não tinha conhecimento da gravidez da jovem.
Ele chegou a ser preso no dia do crime, mas foi liberado após pagamento de fiança. Depois da soltura, a polícia pediu a prisão de Américo, mas ele não foi localizado
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