Dirigentes de Atlético-PR e Coritiba discutem com arbitragem na Arena da Baixada (Foto: Giuliano Gomes/PR Press)
A arbitragem não permitiu o início da partida. Em entrevista por telefone ao blog Bastidores FC, o presidente da Federação Paranaense de Futebol, Helio Cury, explicou que o motivo de o árbitro não dar início ao clássico foi a quantidade de profissionais não cadastrados dentro de campo.
- O árbitro avisou: "olha, tá cheio de gente sem credenciamento, eu não posso começar o jogo assim. Se não tirar essas pessoas, não posso começar o jogo". Chamaram o policiamento. As pessoas se recusaram a sair. Não havia como fazer jogo com tanta gente em volta do gramado sem estar credenciada para tal - disse o dirigente ao blog (leia a entrevista completa aqui).
Enquanto dirigentes conversavam com árbitros e policiais, os jogadores de Atlético-PR e Coritiba intercalavam subidas ao gramado com momentos no vestiário, em uma situação que durou por volta de 40 minutos. Os clubes afirmaram que não jogariam sem a transmissão pela internet, enquanto a Federação mantinha a posição em relação ao credenciamento dos profissionais.
- Essa iniciativa pioneira e ousada vai servir para o resto da vida e dos tempos. Atlético-PR e Coritiba unidos começaram um processo silencioso de dizer não. Temos o direito de dizer não. Fica um alerta para os demais presidentes. Sigam o exemplo de Atlético e Coritiba. Vamos dizer não. Temos que romper com essas coisas - disse o presidente do Furacão, Luiz Sallim Emed.
O dirigente rubro-negro ainda criticou a forma como a arbitragem optou por não dar início ao jogo, mesmo com a Arena da Baixada cheia de torcedores.
- O juiz me explicou que ele obedeceu uma ordem superior. Algumas vezes algumas leis não são éticas. Como vamos lidar com a frustração desse público inteiro? Então... 99%... chego à conclusão que não vai ter jogo por uma medida intransigente e estreita - criticou Salim Emed.
Sem acordo, os jogadores subiram em uma fila intercalada ao gramado e, de mãos dadas no círculo central, agradeceram a presença da torcida. Na sequência, após aplausos aos jogadores, as arquibancadas da Baixada começaram a se esvaziar, sob gritos de protesto.
E enquanto isso torcedor de 16 anos é assassinado por sargento da PM no confronto entre torcidas dos 2 clubes.
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