O IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) subiu 4,1% em maio, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (28) pela FGV (Fundação Getulio Vargas). Com o resultado, o índice, que é conhecido como inflação do aluguel, avançou 37,04% em 12 meses e registrou a maior alta em 26 anos.
Anteriormente, o recorde em 12 meses era de abril de 2003, quando o índice ficou em 32,95%.
Em maio de 2020, o índice havia subido 0,28% e acumulava alta de 6,51% em 12 meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, passou a subir em maio 5,23%, após alta de 1,84% no mês anterior.
“Os preços de commodities importantes voltaram a pressionar a inflação ao produtor. Em
maio, o IPA avançou 5,23%, sob forte influência dos aumentos registrados para minério de
ferro, cana-de-açúcar e milho. Essas três commodities responderam por 62,9% do resultado do IPA, cuja taxa foi de 5,23%”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
Entre os componentes do índice, o grande destaque foi o grupo Matérias-Primas Brutas, que disparou 10,15% em maio, após variar 1,28% em abril.
A pressão da alta dos preços para o consumidor também ficou maior no mês, com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), de peso de 30% sobre o índice geral, acelerando a alta a 0,61% em maio, de 0,44% em abril.
O grupo Habitação foi o principal responsável por essa leitura, com ganho de 1,16% em maio, ante alta de 0,39% no mês anterior. Os preços da tarifa de eletricidade residencial aceleraram a alta a 4,38% este mês, contra 0,06% em abril.
O Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), por sua vez, passou a subir 1,80% no período, de avanço de 0,95% em abril.
*Com Reuters
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