“Tomamos conhecimento dos fatos hoje. Não vamos tolerar nenhum tipo de assédio, em especial o sexual e contra menor de idade. Vamos encerrar o vínculo empregatício dele com a instituição financeira imediatamente”, afirmou o presidente do BRB à coluna Grande Angular.
Daniel Moraes Bittar (foto em destaque), 42 anos, atuava como analista de TI do BRB desde 2015. Ele foi preso, na noite dessa quarta-feira (28/9), após sequestrar uma criança de 12 anos, abusar sexualmente dela e mantê-la como refém em seu apartamento, na Asa Norte.
A coluna apurou que Bittar estava lotado, desde 2015, no Núcleo de Sistemas Externos (Nuext) do BRB. Ele trabalhava das 12h às 18h. O último dia em que compareceu ao serviço foi na quinta-feira (22/6). Na sexta-feira (23/6), ele estava de abono.
Entre segunda (26/6) e essa quarta-feira (28/6), ele não foi ao trabalho e justificou a falta por “necessidade de acompanhamento de saúde da mãe”.
Bittar passou em concurso público e foi nomeado para o cargo em 2015. Depois da prisão, foi afastado preventivamente, mas o presidente do BRB decidiu demiti-lo por justa causa de forma imediata, diante do fato de não haver dúvidas sobre a autoria do grave crime e em razão da vasta materialidade do delito. Também considerou o dever de defesa dos princípios e valores constitucionais da administração pública.
O caso
A criança estava a caminho da escola, por volta das 12h30, quando foi abordada por Bittar. Ele dirigia um Ford EcoSport preto e obrigou a menina a entrar no carro dele. A comparsa do criminoso também estava no veículo.
A dupla de sequestradores parou perto da Cidade Ocidental (GO), também no Entorno do DF, dopou a criança e a colocou dentro de uma mala, onde a vítima ficou até chegar ao apartamento de Bittar, na Asa Norte. Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o criminoso arrasta a mala com a menina dentro, até chegar na porta do apartamento.
A menina de 12 anos foi encontrada algemada pelos pés, deitada em uma cama. A Polícia Militar de Goiás (PMGO) informou que a vítima foi encontrada consciente, mas abalada, bastante machucada, com sinais de violência sexual e que ela precisou ser levada ao hospital, para receber atendimento.
A menina afirmou que o criminoso a molestou, tocou-lhe as partes íntimas e a obrigou a acariciar os órgãos genitais dele, enquanto era filmada. A gravação teria sido enviada para a mulher que participou do crime.
A criança revelou que o criminoso a molestou, tocou-lhe as partes íntimas e a obrigou a acariciar os órgãos genitais dele, enquanto era filmada. A gravação teria sido enviada para Gesiely, segundo a polícia.
Rede de pedofilia
Daniel Moraes Bittar, 42 anos, pode fazer parte de organização criminosa que divulga vídeos pornográficos e incentiva a pedofilia, segundo a PMDF.
No local onde a menina foi resgatada, na casa do criminoso, na 411 Norte, os policiais encontraram uma estrutura completa para gravações de vídeos, além de diversos objetos sexuais.
Daniel confirma que a garota estava em seu apartamento e diz, no momento do vídeo, que “ainda não fez nada com ela”. Questionado pelos policiais, o suspeito chega a pedir calma.
Assista:
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