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segunda-feira, 26 de junho de 2023

Ilhéus a "VENEZA" Baiana: Poucos minutos de chuva são suficientes para deixar pontos centrais da cidade alagados.

Alaga Ilhéus. Se fosse nome de festa, essa teria presença certa no calendário da cidade. E com várias edições durante o ano. Talvez trouxesse junto um evento com alguns esportes náuticos pelas ruas da cidade. Mas não faria sentido, já que a cidade é rica em  rios, que desembocam em uma linda baía, e é banhada pelo mar. Na verdade, os alagamentos em Ilhéus só causam tristeza, vergonha e preocupação.

Como pode uma cidade tão linda, turística, que foi Capitania Hereditária na época do Brasil Colonial não ter resolvido esse problema que se arrasta por anos e anos? Bastam alguns minutos de chuva forte para os transtornos aparecerem. 



E os pontos críticos de alagamentos estão localizados em partes centrais do município, como o Calçadão da Marquês de Paranaguá, junto com a rua D. Pedro II e a rua Jorge Amado, a rua Eustáquio Bastos, a rua Araújo Pinho, a rua Visconde de Mauá, a Avenida Petrobras, a Avenida Canavieiras (em frente ao colégio IME) e o cartão postal da cidade: a Avenida Soares Lopes, que é interligada a outro cartão postal: a ponte estaiada Jorge Amado. Sem contar alguns outros pontos ao longo da Avenida Itabuna.


É fato que Ilhéus não é a única cidade a enfrentar esse problema. O crescimento urbano traz as construções, as pavimentações, reduzindo as áreas de absorção e cursos naturais das água pluviais. A cidade vai ficando impermeabilizada e as obras de drenagem, quando são realizadas, não dão conta da vazão da água. Além disso, sem a devida manutenção, o sistema de drenagem é susceptível a problemas como colapsos da estrutura e entupimentos. Então, sabendo de todas essas coisas, por que os gestores municipais não se empenharam em dirimir a questão?


Lembro que em 2015, durante campanha para as eleições municipais, o arquiteto, Luiz Uaquim, candidato a vice-prefeito do atual vice-prefeito, Bebeto Galvão, sugestionou a construção de bolsões em pontos estratégicos para receber, por bombeamento, a água da chuva dos pontos críticos. Considero uma proposta razoável. Nos dois anos que cursei engenharia na UESC (acabei desistindo pela dificuldade em conciliar as aulas em tempo integral com meu trabalho e ainda arranjar tempo para estudo), aprendi coisas básicas e que, bolsões são apropriados quando podem ser incluídos no projeto de um condomínio que será implantado e que exista área disponível. De preferência, em locais com pouca densidade demográfica. No caso de Ilhéus, teriam que ser construídos na área de restinga, na Av. Soares Lopes, próximo à praia. Como a profundidade ideal de cada bolsão é de aproximadamente 5 metros, isso demandaria uma área maior de bolsões para comportar o grande volume de água da chuva.

Para reduzir o impacto ambiental, o ideal seria construir um piscinão, a exemplo do que foi feito em São Paulo, o Piscinão Guamiranga, o maior do estado. Com 70 mil metros quadrados, 22 metros de profundidade e capacidade para reservar 850 mil metros cúbicos de água, nele são feitas manobras com as águas do rio Tamanduateí. Parte das águas do rio são retidas no pico da tempestade e liberadas após a chuva passar;

Ilhéus não necessitaria de um piscinão com tais dimensões, pois não haveria necessidade de represar a água pluvial por longo período. O volume que fosse drenado por bombeamento dos pontos críticos já seria dispensado, em grande parte, no mar, também por bombas d'água. Os pontos críticos de alagamento teriam galerias para coletar a água das chuvas das imediações por gravidade e um sistema de bombas de recalque para transportar essa água até o piscinão.

A propósito, foram gastos R$ 160 milhões na obra do Piscinão de Guamiranga, que foi construído pela DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e é mantido pela prefeitura. Se algum candidato a gestor municipal de Ilhéus encomendar um projeto com 1/4 da capacidade e do custo, creio eu (R$ 40 mi) do piscinão paulista, já vai estar um passo a frente da concorrência, pois os cidadãos, os comerciantes e, principalmente, os donos de estabelecimentos que alugam seus imóveis caros na parte central da cidade, onde acontece o "Alaga Ilhéus", veriam o fim de um tormento que os persegue por décadas e não teriam o que temer caso um shopping center viesse para a cidade. Aliás, esse medo seria um dos motivos para Ilhéus, até hoje, não ter um shopping center de verdade? Bem, isso é assunto para outra discussão e outro editorial.

Por Marcos Bezerra/TranscendNews

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