O advogado Ércio Quaresma, atualmente defensor de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, provocou tumulto logo após a abertura da primeira sessão do júri do goleiro Bruno Fernandes e de sua ex-mulher Dayanne Souza, na manhã desta segunda-feira (4). O julgamento de Bola será realizado apenas em abril deste ano.
Quaresma obteve liminar que lhe permitirá interrogar as testemunhas neste júri. Na primeira etapa, na qual os defensores dos réus apresentam requerimentos à juíza Marixa Fabiane Lopes, Quaresma tomou a palavra e pediu à magistrada para ter acesso ao acervo audiovisual no qual estão depoimentos das testemunhas que já foram ouvidas e serão inquiridas novamente.
O questionamento de Quaresma incomodou a juíza, que disse ao defensor que ele não tem direito de interferir neste júri, já que o cliente dele (Bola) será julgado em outro júri. "Está indeferido, o senhor pode voltar para o seu lugar." Em seguida, Marixa afirmou que ele poderia ter acesso ao material sempre que desejasse.
Após Quaresma reclamar, Marixa subiu o tom. "Se o senhor não se portar em alguns trabalhos vou pedir que o senhor se retire", disse. "O senhor está tumultuando os trabalhos. Eu tenho direito de trabalhar e oferecer pra sociedade o meu trabalho."
O mesmo questionamento foi feito pelo advogado em novembro passado, quando seu cliente deveria ter sido julgado. Na ocasião, a juíza afirmou que ele poderia ter tido acesso ao acervo audivisual quando quisesse.
Diante da resposta da juíza, Quaresma começou a afirmar que a defesa de Bola estava sendo cerceada. Minutos depois, abandonou o júri, fato que provocou o adiamento do julgamento de Bola para abril deste ano.
Quaresma foi o primeiro advogado de Bruno, durante o inquérito. Ele foi destituído pelo goleiro após ser flagrado consumindo crack na rua.
UOL
Nenhum comentário:
Postar um comentário