Reportagem do jornal Folha de S. Paulo desta quarta-feira (1º) aponta o ‘chá de sumiço’ que o vice-governador da Bahia, João Leão (PP), tomou após ter o nome divulgado na lista de investigados da Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobas. O pepista é investigado por formação de quadrilha, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Conforme o doleiro Alberto Youssef, o então deputado federal recebia repasses mensais entre R$ 30 mil e R$ 150 mil da "cota" do PP no esquema que atuava dentro da estatal.
Levantamento do diário paulista aponta que desde que reagiu à citação do seu nome afirmando que estava “cagando e andando”, o vice-governador não participou de nenhum ato público ao lado do governador Rui Costa (PT).
“O ‘sumiço’ contrasta com a até então atuação ativa do vice, que também é secretário de Planejamento da Bahia. Até a divulgação da lista, ele participou de 18 eventos públicos do governo, incluindo inaugurações em pelo menos sete cidades do interior”, escreveu a reportagem.
João Leão deixou até de exercer a função de articulador político do governo baiano em Brasília, mas, em compensação, não diminuiu sua influência junto à administração estadual e junto ao chefe do Poder Executivo.
“Na última semana, mediu forças com outro secretário [James Correia] ao querer trocar toda a diretoria da autarquia [Sudic], responsável pelos distritos industriais da Bahia, substituindo nomes técnicos por apadrinhados políticos. Empresários baianos criticaram a troca, já que um dos diretores é responsável por gerir ativos de R$ 2 bilhões em terrenos voltados para a instalação de indústrias”.
João Leão também foi criticado por nomeações de afilhados políticos na SEI – órgão técnico responsável por estudos econômicos e sociais do Estado. Em privado, servidores afirmam que a autarquia tornou-se um “cabide de empregos”.
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