Por Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
foto: reprodução |
As dezenas de mensagens estão no inquérito que investiga a OAS na Lava Jato. De acordo com informações publicadas pela Folha, elas aparecem entre informações coletadas na casa e nos escritórios de Pinheiro, réu sob acusação de corrupção em obras da Petrobras. Ele cumpre prisão domiciliar.
De acordo com o jornal, foi uma noite de tensão para os principais executivos da OAS. Enquanto eram apurados os votos para presidente da República, os dirigentes da empreiteira deixavam transparecer, em mensagens, a ansiedade com o resultado. "Informação de dentro do TSE: Aécio 5% na frente", escreve um deles, às 19h24 daquele domingo. "FHC está falando em vitória de Aécio. Pode ser boato, mas...". Na resposta, Leo Pinheiro, então presidente da OAS, solta: "Vamos ver!". Minutos depois, o alívio: "Dilminha ganhou!!!!!", festejou Pinheiro. Aos amigos, ele enviou uma imagem de uma represa seca com uma placa: "Favor chorar aqui". Depois, uma foto de Aécio vestindo a camisa do time baiano Vitória: "Já tá acostumado a ser vice".
Com frequência, repassava "boletins" de "JW", alcunha de Jaques Wagner (PT), então governador baiano e hoje ministro da Defesa. Wagner agradece a ele quando seu candidato ao governo, Rui Costa (PT), aparece à frente nas pesquisas: "Já era. Você merece e contribuiu para isto". Costa foi eleito. No dia seguinte à votação, Pinheiro brinca com um colega. Envia uma imagem de um eleitor numa urna. Acima dele, a inscrição "Este voto é um oferecimento de...", seguida de logos de financiadores de campanha -OAS entre eles.
Em junho, outras apreensões mostraram a intimidade dos empreiteiros com o ex-presidente Lula, chamado de "Brahma" no grupo. Nas mensagens, os executivos baianos demonstram desprezo por ACM Neto (DEM), prefeito de Salvador: "Grampinho [apelido]" é criticado por seu "desespero" ao não conseguir eleger Paulo Souto (DEM) governador. "Pergunto-lhe: o que teremos que fazer para fuder o Grampinho em 2016", escreve um executivo. "Vai ser fácil. Ele será destruído por ele mesmo", responde Pinheiro.
Apesar da torcida contra, a OAS doou R$ 8 milhões para Aécio em 2014. Dilma recebeu R$ 20 milhões. Em 2012, ACM Neto nada recebeu.
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