SÃO PAULO — A Polícia Federal (PF) indiciou, neste domingo, o presidente da Andrade Gutierrez, Otávio Marques de Azevedo, e quatro executivos ligados à construtora por participação em esquema de corrupção investigado pela operação Lava-Jato. Também foram indiciados quatro pessoas acusadas de serem os operadores do pagamento de propina a funcionários públicos e políticos. Eles são acusados de fraude em licitações, corrupção ativa e crime à ordem econômica.
Em documento encaminhado à Justiça Federal neste domingo, o delegado Eduardo Mauat da Silva reconheceu que os agentes federais não analisaram todo o material apreendido nas empresas e nos endereços residenciais dos indiciados: “Oferecemos o presente sumário a vista do exíguo prazo decorrente da segregação provisória dos indiciados, em que pese constem celulares, mídias e alguns documentos pendentes de análise”.
As nove pessoas foram indiciadas pelos crimes de corrupção ativa, fraude em licitação e lavagem de dinheiro, além de crime contra a ordem econômica (no caso, o cartel das empreiteiras). Além de Otávio, também entraram na lista da PF Rogério Nora de Sá, ex-presidente do grupo, e os executivos Antônio Pedro Campello de Souza, Paulo Roberto Dalmazzo e Elton Negrão de Azevedo Júnior. Deles, apenas Otávio e Elton estão presos na carceragem da PF, em Curitiba.
Do grupo de operadores do esquema da Andrade Gutierrez, foram citados: Flávio Lúcio Magalhães, Mário Goes, Lucélio Goes e Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano. Mário e Fernando Baiano também estão presos em Curitiba, pois já foram citados como operadores de outras empresas.
Também terminou no fim de semana o prazo para a PF apresentar o relatório das investigações contra a empresa Odebrecht.
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