Morador de Águas Lindas de Goiás, Alain recebeu uma proposta de emprego há 21 dias. O serviço seria na Fazenda do Caetano, propriedade de 125 hectares em Girassol (GO), pertencente a Elmi Caetano Evangelista, 74, também preso por ajudar na fuga de Lázaro e por portar armas. Lá, ele cuidava da horta, dos animais e dos peixes. “Já tinha trabalhado para ele (Elmi) há alguns anos fazendo massa e mexendo com limpeza”, disse.
Alain chegou à fazenda dois dias depois da chacina que vitimou quatro pessoas da mesma família, no DF, e não tinha dimensão do perigo que enfrentaria. Em 18 de junho, logo no fim do expediente, por volta das 18h30, o funcionário se preparava para colocar a comida aos porcos, no curral, e, quando acendeu a luz, se deparou com Lázaro. “Ele estava em pé, encostado na parede, carregando o celular na tomada. Quando me viu, ele tirou o celular e saiu andando, mas não correu. De primeira, fiquei em dúvida, porque tinha visto o noticiário poucas vezes”, detalhou.O caseiro conta que Lázaro estava com a perna enfaixada, e que andava mancando.
Não demorou muito para Lázaro aparecer de novo na fazenda. Na quarta-feira, enquanto Alain estava agachado em frente ao galinheiro da propriedade, sentiu a pressão de uma mão no ombro. “Olhei para trás e achei que era o meu patrão (Elmi), mas era ele, o Lázaro.” O caseiro conta que reconheceu Lázaro imediatamente. O suspeito vestia uma camisa social e calça pretas, sapatos e estava com uma mochila preta e boné. “Ali, ele me ameaçou. Disse que sabia que eu morava no fundo da casa do pai dele, falou da minha família e deixou bem claro que se eu entregasse o esconderijo, iria matar eu, minha mulher e meus filhos. Depois, saiu”, detalhou.
(crédito: Material cedido ao Correio)
https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2021/06/4934052-ele-e-frio--de-doido-nao-tem-nada-diz-caseiro-sobre-lazaro.html
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