Nos primeiros três meses do ano, o desemprego no Brasil atingiu 10,9% da população, o maior índice desde 2012. De todos os estados, a Bahia teve o pior resultado onde o percentual de desempregados saiu de 12,2% (no último trimestre de 2015) para 15,5%, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Continua), divulgada em abril, mas somente ontem detalhada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado da Bahia colaborou com que o Nordeste fosse a região do país onde houve maior aumento no número de desempregados. No primeiro trimestre deste ano, o desemprego na região atingiu 12,8% da população contra 10,5% no trimestre anterior.
Depois da Bahia, os maiores aumentos na taxa de desempregados foram registrados no Rio Grande do Norte (14,3%) e Amapá (14,3%). A menor foi em Santa Catarina (6%).
“A taxa de desocupação é causa de um processo. O que aconteceu? A gente percebe que em praticamente todas as regiões, com poucas exceções, houve queda no contingente de pessoas trabalhando com carteira assinada. A perda de carteira é perda de estabilidade. Isso faz com que pessoas que estavam fora do mercado passem a procurar uma ocupação para recuperar essa estabilidade e renda perdidas”, disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE. Segundo Azeredo, os sucessivos cortes de vagas com carteira assinada resultaram numa mudança na estrutura do mercado de trabalho, com maior informalidade.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores ficou acima da média do Brasil (R$ 1.966) nas regiões Sudeste (R$ 2.299), Centro-Oeste (R$ 2.200) e Sul (R$ 2.098), enquanto Norte (R$ 1.481) e Nordeste (R$ 1.323) ficaram abaixo da média. CORREIO DA BAHIA
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