Reunião desta quarta em Brasília | Foto: Camila Peres/Casa Civil
O Porto de Ilhéus, conhecido como Porto de Malhado, deve tornar-se ponto de escoamento dos produtos transportados pela Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), juntamente com o Porto Sul, cuja construção ainda não foi iniciada. Segundo informações do secretário da Casa Civil do Estado, Bruno Dauster, a ideia é utilizar o porto enquanto o Porto Sul não fica pronto, interligando-o à ferrovia por meio de um acesso rodoviário com aproximadamente 12 quilômetros. “O Porto de Malhado, se olhar em Ilhéus o acesso ao porto, não pode ser pelo centro da cidade, não pode ter tráfego de carga pesada ou semipesada pelo Centro Histórico. Isso ia acabar com o Centro Histórico, perturbar a vida das pessoas. Assim como se fez aqui a Via Expressa como acesso rodoviário ao porto, é preciso fazer esse acesso [em Malhado] como suporte para o início de escoamento de produção mineral e de grãos”, explicou. O titular da Casa Civil debateu o assunto nesta quarta (26) em Brasília, em reunião com o ministro da Secretaria de Portos da Presidência da República, Edinho Araújo, com a participação do governador Rui Costa.
Visão aérea do Porto de Malhado, em Ilhéus | Foto: Reprodução/Google Earth
No encontro também foram definidas as opções para que o porto possa ser integrado à Fiol, o que exige o aumento da profundidade, que atualmente só permite a operação de navios de calado pequeno. “Nossa ideia e isso foi o pleito que a gente colocou, é de que o porto passe para o estado ou que seja feita uma concessão pela Codeba. Mais provavelmente o que deve acontecer é que a Codeba licite e aí o concessionário fará o investimento na ampliação da capacidade de imediato. A perspectiva é de que isso aconteça muito rapidamente”, cogita Dauster. O secretário acredita que o custo da construção do acesso rodoviário deverá ficar na ordem de R$ 130 milhões a R$ 140 milhões, a depender dos detalhes do projeto. Já a melhoria do porto, que dependerá da profundidade alcançada pela dragagem, deve ficar em torno de R$ 40 milhões e R$ 50 milhões. Na avaliação do secretário, o Porto de Malhado deve continuar funcionando de forma interligada à Fiol mesmo após o começo da operação do Porto Sul, prevista para 2019, conforme anunciado por ele em maio deste ano. “O Porto de Malhado tem vocação para a cabotagem (navegação em águas costeiras e em pequenas distâncias), enquanto o Porto Sul tem vocação para transporte de longa distância. A perspectiva é de os dois operarem em suas respectivas vocações”, explica.
BAHIA NOTICIAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário