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Um dos adolescentes falou que teve os testículos queimados e foi obrigado a fazer sexo oral em um dos amigos enquanto o PM filmava a ação e ria – ele tem apenas 17 anos de idade.
“Abordaram a gente de forma agressiva, esquentaram a faca e cortaram a gente. Queimaram o cabelo dele (jovem de 17), obrigaram dois amigos a fazerem um vídeo explícito. Gravaram rindo e xingando. Falaram que quando pegarem a gente na rua de novo vão matar. Tudo porque a gente estava sem capacete na moto. Eles alegaram que estavam com raiva por estarem de serviço no Natal”, disse o rapaz de 23 anos. Uma das vítimas tem 13 anos.
Os investigadores buscam na região do Rio Comprido imagens de câmeras de seguranças das edificações vizinhas ao ponto onde teriam ocorrido as torturas. De acordo com a PM, o comando da UPP onde trabalham os policiais acusados determinou a eles que se apresentassem à delegacia. Após os depoimentos, foram presos administrativamente.
Os nomes dos policiais não foram divulgados. Parentes das vítimas que estiveram na delegacia disseram temer pela vida dos rapazes, já que os PMs, antes de soltá-los, ameaçaram matá-los caso os denunciassem ou à Polícia Civil ou à Corregedoria da PM.
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