A Polícia Federal deflagrou uma operação na manhã desta sexta-feira (1º) como parte da Lava Jato. Um dos alvos é o doleiro Lucio Funaro, que foi preso em São Paulo. Ele é ligado ao presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha, segundo delatores da Lava Jato. Além disso, há mandado de busca e apreensão para a Eldorado, empresa do grupo J&F Investimentos, que também é dono da JBS.
Os mandados desta etapa da operação foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, relator da Lava Jato na corte.
Também é alvo da operação o lobista Milton Lira. A polícia fez busca e apreensão na casa dele, em Brasília.
A polícia também fez buscas e apreensões na casa do empresário Joesley Batista, da Friboi.
A ação desta manhã se baseia nas informações da delação premiada de Fábio Cleto, ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal. Cleto também é aliado de Cunha. Outra delação que baseou as ações desta sexta é a de Nelson Mello, ex-diretor da Hypermarcas.
Às autoridades, Cleto relatou que o presidente afastado da Câmara recebeu propina por negócios feitos pelo Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS).
O G1 tenta contato com a defesa de Lucio Bolonha Funaro.
Em Pernambuco foram cumpridos três mandados de busca e apreensão. Um deles tem como alvo a empresa Cone, em Cabo de Santo Agostinho, na Grande Recife. Os outros dois são cumpridos em apartamentos de luxo na Praia de Boa Viagem, na capital.
Grupo JBS
Em outra delação, a do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o executivo disse ter ouvido de vários senadores que o grupo JBS faria uma doação de R$ 40 milhões para abastecer as campanhas de candidatos do PMDB ao Senado.
Em outra delação, a do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, o executivo disse ter ouvido de vários senadores que o grupo JBS faria uma doação de R$ 40 milhões para abastecer as campanhas de candidatos do PMDB ao Senado.
O G1 contatou a assessoria de imprensa da JBS às 7h30 e aguarda o posicionamento da empresa.
Doleiro
Em um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar Cunha, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que aliados do presidente da Câmara afastado apresentaram mais de 30 requerimentos de convocação, solicitação de documentos e pedidos de auditorias em diversas comissões da Câmara, inclusive na CPI da Petrobras, para pressionar o grupo empresarial Schahin e beneficiar o doleiro Lucio Funaro.
Em um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar Cunha, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirma que aliados do presidente da Câmara afastado apresentaram mais de 30 requerimentos de convocação, solicitação de documentos e pedidos de auditorias em diversas comissões da Câmara, inclusive na CPI da Petrobras, para pressionar o grupo empresarial Schahin e beneficiar o doleiro Lucio Funaro.
O grupo Schahin foi contratado pela empresa Cebel, Centrais Eletricas Belém, para fazer a obra da hidrelétrica. Houve um acidente: uma barragem se rompeu, provocando uma disputa judicial.
Lucio Funaro, representando a Cebel, cobrou o prejuízo da Schahin no valor de R$ 1 bilhão. E, para conseguir o pagamento, teria contado com ajuda do presidente da Câmara para pressionar a Schahin. Funaro, segundo a investigação, pagou para Eduardo Cunha, por meio de três empresas, dois carros, no total de R$ 180 mil, em 2012
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