A mulher que sobreviveu a uma execução na BR-153 se fingiu de morta e tapou com as mãos a boca do filho de dois anos para que eles não fossem mortos. Liliane da Silva e Enzo Henrique escaparam de uma chacina onde cinco pessoas morreram nesta segunda-feira (25) próximo de Wanderlândia, no norte do Tocantins. A informação é do delegado regional da Polícia Civil de Araguaína, Hemerson Francisco de Moura.
As vítimas são Alan da Silva, de 30 anos; Sidiney Pereira dos Santos, idade não informada; Wesley Alves da Silva, de 25 anos; e Deuzenir Alves da Silva, de 60 anos. Um menino de cinco anos foi lançado para fora do carro. Ele tinha marcas de tiro na cabeça e ainda não foi identificado.
Liliane da Silva contou à polícia que houve vários disparos de arma de fogo antes do acidente. O motorista do carro, Alan da Silva, foi atingido e perdeu o controle do veículo. Logo depois do capotamento, homens foram até o veículo e executaram os sobreviventes.
"Aparentemente foi uma briga familiar da linhagem cigana. Eles são naturais do estado de Goiás e estavam visitando familiares no Tocantins, mas já se dirigiam para o Maranhão, onde vivem", disse o delegado.
O delegado informou que Alan foi ameaçado de morte há cerca de dois anos e a partir desta época vem fugindo. "As informações são que houve disparos e após o capotamento a execução. Porém, só a perícia é que vai determinar o que houve", completou o delegado.
Liliane e Enzo Henrique foram levados para o Hospital Regional de Araguaína (HRA). Ela foi atingida por um tiro na perna e prestou depoimento na unidade de saúde.
O menino teve apenas ferimentos leves. A Secretaria de Estado da Saúde foi questionada sobre o estado de saúde da mulher e da criança, mas disse que não poderia passar informações sobre estes pacientes.
A polícia não informou quantos homens participaram da execução e se há pistas do paradeiro deles. O caso será investigado pela Delegacia de Polícia de Wanderlândia.
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