Uma confusão na segunda troca de bastões gerou a desclassificação do Brasil no revezamento 4x100m feminino. Pelo tempo de 42s85, o país teria ficado na nona colocação geral e não passaria à final. Mas o quarteto se despediu de forma tumultuada após a equipe dos Estados Unidos reclamar de um esbarrão de Kauiza Venâncio em Allyson Felix, que derrubou o bastão - a equipe americana cruzaria em último lugar para poder recorrer. Inicialmente, a organização anunciou a desclassificação dos dois quartetos. Uma hora depois, divulgou que aceitou o recurso americano, dando ao país uma segunda chance: as atletas vão correr sozinhas, às 20h (de Brasília) desta quinta-feira, para obter marca de balizamento e tentar ir à final. Precisam fazer pelo menos 42s70 para ultrapassar a China, última equipe classificada por tempo para a decisão.
- Eu fui empurrada, perdi completamente o equilíbrio para passar para English. Talvez, se eu tivesse mais um passo, fosse diferente, mas eu estava completamente caindo. Estou muito chateada - disse Felix, vice-campeã dos 400m na Rio 2016.
Allyson Felix chega desequilibrada e deixa bastão cair antes de passá-lo a English Gardner (Foto: Reuters)
Alheia ao problema enfrentado pelas principais adversárias pelo pódio, a Jamaica, liderada por Shelly-Ann Fraser-Pryce, foi a mais rápida do dia e cravou o melhor tempo do país no ano: 41s79. Vale ressaltar que a equipe caribenha não contou com Elaine Thompson, campeã dos 100m e 200m feminino na Rio 2016, e pode vir ainda mais forte para a final. A disputa por medalhas será às 22h15 (horário de Brasília) desta sexta-feira.
Brasil larga mal e atrapalha americanas
A formação titular do Brasil foi confirmada nesta quinta-feira. A comissão técnica da Confederação Brasileira (CBAt) segurou a lista até o último momento na esperança de que o departamento médico liberasse Ana Cláudia, que sentia desconforto no joelho direito mas era um dos pilares do time ao lado de Rosângela Santos. Não foi o que aconteceu.
A formação titular do Brasil foi confirmada nesta quinta-feira. A comissão técnica da Confederação Brasileira (CBAt) segurou a lista até o último momento na esperança de que o departamento médico liberasse Ana Cláudia, que sentia desconforto no joelho direito mas era um dos pilares do time ao lado de Rosângela Santos. Não foi o que aconteceu.
Imagem mostra braço de Kauiza e desequilíbrio de Allyson Felix (Foto: Reprodução/SporTV)
A escalação do Brasil foi aberta por Bruna Farias, que não largou bem e demorou a passar o bastão para Franciela Krasucki. Na segunda transição, Kauiza esbarrou em Allyson Felix, que não conseguiu alcançar English Gardner. A multicampeã americana ficou furiosa e reclamou muito. As brasileiras alegaram que o toque ocorreu depois de o bastão adversário cair, mas as imagens mostraram que, na verdade, aconteceu antes, como afirmaram as americanas.
- Eu só senti o toque, me desequilibrei, mas estava na minha raia. Vamos ver o que a comissão fala. Não pisei na raia de ninguém. Ela me tocou. Desequilibrou, mas deu para recuperar - disse Kauiza.
Kauiza passou o bastão para Rosângela ocupando uma das últimas posições. A velocista carioca arrancou de forma impressionante e conseguiu cruzar a linha de chegada na quarta colocação. Houve muita expectativa até a divulgação dos tempos no telão. Quando apareceu a marca de 42s85, 15 centésimos mais lenta do que a da China e Canadá, o sonho da final foi encerrado. Depois das reclamações americanas, a eliminação tornou-se ainda mais amarga.
- O que vimos foi que a americana que bateu na Kauiza, mas de forma alguma ela estava com o corpo na outra raia. Um braço bateu no outro braço. Temos que chegar e ver. Ela se recuperou bem rápido e conseguiu chegar em mim. Eu corri do jeito que tinha de ser corrido. Tentei ao máximo chegar na menina da frente. Saímos com a cabeça erguida. Buscamos ao máximo. Esporte é isso. Ás vezes caímos, mas não vamos desistir nada até ganhar mais uma medalha.
Rosângela Santos arranca no fim e termina em quarto, mas não é o bastante (Foto: Reuters)
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