Relação de Wagner com Pessoa preocupava Planalto | Foto: Max Haack / Ag. Haack
Com doações de R$ 5 milhões para os dois candidatos mais bem pontuados nas pesquisas eleitorais para o governo da Bahia em 2010 e 2014, a UTC/ Constran teve R$ 6,2 milhões em contratos com o executivo baiano no mesmo período.
As doações de campanha, agora sob a polêmica da delação premiada do empresário Ricardo Pessoa, dentro da Operação Lava Jato, foram registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para o então candidato à reeleição em 2010, Jaques Wagner (PT), R$ 2,4 milhões, e para Paulo Souto (DEM), R$ 300 mil. Em 2014, também de acordo com o TSE, os valores foram mais altos para o democrata, R$ 800 mil, e menos generosos para o candidato eleito, Rui Costa (PT), R$ 1,5 milhão, comparado com o padrinho político Jaques Wagner.
As relações entre Wagner e Pessoa preocupavam o Palácio do Planalto, que temia a presença do ministro da Defesa na delação premiada do sócio-presidente da UTC/ Constran. Dados disponíveis na Transparência Bahia apontam que a empresa de Pessoa teve melhoradas as participações nos contratos com o governo baiano desde 2010. De acordo com o Senha Aberta, do governo baiano, houve uma evolução da presença da Constran em obras estatais: enquanto não há registro de contrato em 2010, em 2014 a empresa recebeu R$ 5,4 milhões em oito pagamentos, de requalificação de equipamento cultural e construção de ponte.
De 2011 a 2013, os valores evoluíram gradativamente: R$ 32 mil em 2011, R$ 289 mil em 2012 e R$ 470 mil em 2013. O sistema do TSE referente a prestação de contas de campanha de 2006 não estava disponível para a consulta. Durante a gestão do atual governador, Rui Costa, ainda não há registro de pagamentos para UTC/ Constran. BAHIA NOTICIAS
Nenhum comentário:
Postar um comentário