A Petrobras informou nesta segunda-feira que não pretende reduzir os preços dos combustíveis no momento, mas que está permanentemente avaliando as condições do mercado. A declaração ocorreu depois que notícias sugerindo um iminente corte dos preços derrubaram as ações da estatal.
"A Petrobras informa que não há previsão, neste momento, de reajuste nos preços de comercialização de gasolina e diesel. Sobre o assunto, vale esclarecer que a companhia avalia permanentemente a competitividade de suas práticas e condições comerciais", disse a estatal em comunicado.
No domingo, o jornal O Globo noticiou que a Petrobras deveria anunciar nesta segunda-feira redução dos preços da gasolina e do diesel, levando a forte queda das ações da estatal. As ações preferenciais da Petrobras recuaram 9,3%, e as ordinárias fecharam em baixa de 8,8%, também pressionadas pelo recuo do preço do petróleo no mercado internacional. O tombo das ações da Petrobras puxou as perdas na Bovespa, que fechou em baixa de 3,5%.
Analistas afirmaram que uma redução nos preços dos combustíveis seria muito negativa para a Petrobras, já que aumentaria a pressão sobre o fluxo de caixa da estatal, que busca se recuperar do prejuízo de 36,9 bilhões de reais registrado no quarto trimestre. As notícias também derrubaram ações de empresas do setor de açúcar e etanol, produto concorrente da gasolina no Brasil. O papel da Cosan fechou em baixa de 7,82%, maior declínio porcentual diário desde agosto de 2011.
De acordo com um membro do Conselho de Administração da Petrobras, a informação publicada pelo jornal tratava-se de "um balão de ensaio do governo" para "testar a reação" do mercado. E devido à forte reação, houve um recuo.
Segundo o conselheiro, que pediu anonimato, o presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, enviou e-mail ao conselho de administração afirmando "que haviam estudado a redução, mas não tomaram decisão".
Um corte nos preços patrocinado pelo governo federal, sócio majoritário da Petrobras, poderia ajudar na criação de uma agenda positiva, com a redução de pressões inflacionárias, diante das dificuldades políticas enfrentadas pela presidente Dilma Rousseff. veja.abril.com.br/
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