Foram sepultados na tarde desta sexta-feira (1º), por volta das 16h, os jovens Wiliane Azevedo de Jesus, 16 anos, o namorado da jovem Rafael dos Santos Gonçalves, de 17, e o irmão dela, Ronald Soares dos Santos, de apenas 7 anos.
Os três estavam a bordo de uma motocicleta na BA-503, após terem saído do distrito de Jaíba em Feira de Santana, na noite de domingo (31), e morreram atropelados por um carro que vinha em alta velocidade. Além deles, outros dois jovens, Caillane Carvalho Azevedo, e o irmão Nadson, que estavam em outra motocicleta também foram atropeladas e ficaram feridas.
O velório das vítimas ocorreu na Estrada da Tapera, em Jaíba, e o sepultamento foi realizado no cemitério São João Batista, com a presença de amigos, parentes e pessoas que moram na comunidade.
Uma das vítimas do atropelamento, Caillane Carvalho Azevedo, 18 anos, que estava na outra motocicleta pilotada pelo irmão Nadson, relatou em entrevista ao Acorda Cidade, que todos vinham pilotando de forma tranquila e em baixa velocidade, entre 30 e 40 km/h. De repente, um carro veio em alta velocidade e passou por cima dos ocupantes das motos.
“A gente estava vindo de Jaíba, e esse carro vinha, só que a gente não percebeu nada. A gente estava vindo devagar, a 30 ou 40km/h, e o veículo estava há cerca de 100 km/h. Ele passou por cima de Wili, Rafinha e Ronald. Logo em seguida, partiu para cima da gente, que estava em outra moto. Estavam os três em uma moto, e a gente em outra. Ele passou pela primeira moto, depois veio para cima da gente”, relatou a jovem.
Ela informou ainda que o motorista chegou a descer do veículo e os xingou. “Depois ele parou o carro dentro do mato, desceu e começou a xingar Nadson e eu. Quando ele viu o povo chegando, ele correu. Não deu para perceber se ele estava embriagado, porque eu estava caída no chão. O povo ligou para o Samu, demorou um pouco, mas chegou e levou Nadson e eu. Rafinha ainda estava respirando, mas depois ficou fraco e morreu”, afirmou Caillane de Azevedo.
A mãe de Caillane de Azevedo, Marly Sobral de Carvalho, demonstrou durante o velório toda a sua indignação pela perda dos jovens, que também eram seus parentes.
“Esse infeliz tem que pagar pelo que fez. Ele tirou a vida de três inocentes e por pouco não tirou da minha e do meu outro filho, que estava com ela. Só queremos justiça. Na hora que ela caiu no chão, ela me ligou e disse: ‘Mainha eu tive um acidente aqui, e Wili tá morta’, e desligou o telefone’. Saber que minha filha está viva para mim é uma grande vitória”, declarou.
Ainda em estado de choque, relatou que os jovens foram todos juntos comer um lanche, e ela ainda hesitou em deixar a filha ir no passeio, mas depois voltou atrás.
“Estavam todos juntos, são todos parentes. Ela me pediu para ir comer um lanche, e eu falei pra ela não ir, mas depois eu deixei. Demorou um pouco, ela me ligou: ‘Mainha vai querer o acarajé?’, e meu marido respondeu: ‘Traz com muita pimenta’. Depois ela me ligou dizendo que já estava vindo. De repente chegou um rapaz dizendo: ‘Aconteceu um acidente com tua filha’. A gente quer justiça, o que ele fez não tem justificativa. Minha filha disse que ele estava vendo e fez de propósito”, disse.
O autor do atropelamento foi identificado como Adalto Roberto da Silva Junior, de 23 anos, que trabalha como açougueiro. Ele foi preso e encaminhado ao Complexo de Delegacias do bairro Sobradinho. O homem é morador da cidade de Coração de Maria e conduzia um veículo Fiat Strada.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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