A situação está perdendo o controle. Já ficou conhecido o clima de Carnaval que tomou conta da Vila Madalena, em São Paulo, desde o início da Copa do Mundo. Dezenas de milhares de "foliões", brasileiros e gringos, se reúnem diariamente nos arredores da Rua Aspicuelta para assistir aos jogos e por lá permanecem em festa até a madrugada. Mas nas últimas noites, o caos tem tomado conta. O ESPN.com.br apurou que coisas bizarras estão ocorrendo no local, como sexo na rua, ataque de gangues e até leilão de drogas.
"Estamos com medo, sim. Muita gente fecha o entorno aqui durante a noite, enche a rua de lixo, urina na calçada, bebe demais e a coisa fica preocupante. Fui passear com o cachorro na segunda e vi um cara oferecendo drogas, como ecstasy e LSD, a um grupo de meninas. Na minha frente", disse uma mulher de 53 anos, moradora de um condomínio na Rua Wisard, uma travessa da Rua Fidalga - um dos pontos mais badalados. A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar de São Paulo para uma posição sobre os temas relatados a seguir, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.
O ESPN.com.br conversou com cinco habitantes da região e todos pediram para não terem seus nomes divulgados. "O problema são os ambulantes. São bandidos", disseram. A reportagem esteve na Vila Madalena na segunda-feira, dia de Brasil 4 x 1 Camarões, e viu ao menos quatro rapazes fazendo leilão de drogas. "Cocaína, cocaína é aqui", dizia um deles para quem pudesse ouvir. "'Farinha' também tenho, só chegar", falava outro. "Bala, bala e doce. Bala, bala e doce", sussurrava um terceiro, se referindo a ecstasy e LSD.
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O incidente ocorreu depois da meia-noite, onde dois carros estacionados no meio da rua com caixas de som tocavam funk. Foi quando parte do pessoal que foi à Vila ver o jogo do Brasil começou a deixar o local para trabalhar na terça-feira cedo. Restavam, em maioria, os mais alcoolizados, ou os estudantes de férias da faculdade em busca de paquera. Quase todos estavam lá pelo Carnaval fora de época. Menos os grupos que andavam em gangues e realizavam pequenos furtos.
"Estava perto da Mourato Coelho com a Aspicuelta e fui pegar cerveja. Quando cheguei perto, senti minha carteira sendo puxada do meu bolso de trás. Atrás de mim tinha um grupo de sete homens e por impulso comecei a buscar minha carteira e quem tinha pegado. Um deles ficou bem incomodado com minha atitude e me empurrou para a parede. Em seguida me encurralaram. Não reagi e eles deixaram eu ir embora", disse Leonardo Albuquerque, 20 anos, estudante de jornalismo. No dia seguinte, uma mulher achou sua carteira no chão com todos os documentos, menos o dinheiro.
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