Antes, durante e após a vitória do Brasil sobre Camarões por 4 a 1, que garantiu vaga da Seleção para enfrentar o Chile nas oitavas de final da Copa do Mundo, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, um grupo de cinco prostitutas tentava fazer uma goleada em suas próprias contas bancárias. Enquanto a bola rolava no gramado, as moçoilas estavam posicionadas no entorno da arena à espera de clientes, de preferência estrangeiros. Vestidas com tops, saias curtas ou calça legging, saltos altíssimos e seios turbinados com silicone quase à mostra, elas partiram para o ataque.
O alvo principal eram os gringos, que seriam "mais educados" e teriam maior poder aquisitivo. "Eu cobro R$ 5 mil para eles. Por menos, é muito aborrecimento", revelou a garota identificada como Márcia, de 31 anos, ao UOL Esporte. Baiana de Barreiras, no oeste do estado, e moradora de Bilbao, a profissional do sexo regressou à capital federal depois de uma turnê de pouco mais de um ano na cidade espanhola especificamente para lucrar com o Mundial. "Se eu falar que me mudei para a Europa para lavar prato é mentira.
Eu faço isso lá mesmo", conta, ao lamentar não ter acesso aos jogadores. "Com essas pessoas a gente não consegue. Esse pessoal já tem esquema com modelos. Já mandam chamar as modelos de fora. Quem fica na rua não tem entrada não", resmungou. Em busca, segundo ela, de "trabalho e diversão", Márcia e as amigas partiram para a Fan Fest realizada em Taguatinga. Com a euforia provocada pela goleada brasileira, pelo menos nos arredores da praça esportiva, o seu time ficou no zero a zero.
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