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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Jabes comandava morte e tráfico; Seap sabia das denúncias, diz promotor

As investigações do Ministério Público de Eunápolis, com apoio das polícias Civil e Militar, apontaram que o diretor-adjunto do presídio do município, Jabes Santana, 38 anos, vinha liderando desde a inauguração do presídio, há quase um ano, uma quadrilha composta por agentes penitenciários envolvidos em uma série de crimes, como tráfico de droga, associação para o tráfico, assassinato e prevaricação - pois era permitida a entrada de celulares na carceragem.
Tudo isso, segundo o promotor João Alves Neto, acontecia dentro do conjunto penal. Havia até uma tabela de preços para facilitar a entrada de objetos ilícitos nas celas. Segundo o promotor, eram cobrados R$ 1.500 para celular e R$ 2 mil para um quilo de maconha. Somente este ano, apontam dados preliminares, foram apreendidos 60 celulares dentro do presídio.

As denúncias do Ministério Público resultaram nas prisões de Jabes e mais oito agentes do presídio, na tarde de terça-feira (24). Jabes já vinha sendo investigado desde 2011, quando era diretor do presídio de Teixeira de Freitas.
Buscas eram comunicadas a detentos

R$ 50 mil para facilitar morte de 'Dada'

Em 2012, em depoimento ao delegado Evy Paternostro, o traficante Ednaldo Pereira Souza, o 'Dada', afirmou que Jabes teria recebido R$ 50 mil para facilitar a sua morte por um grupo rival, em Teixeira de Freitas.
Enviado para o 'corredor da morte'
Uma das mortes que ocorreram no presídio de Eunápolis e que é investigada é a do traficante Cléberson Cerqueira, em julho desde ano.
Negociava com famílias de detentos
O promotor falou que nos casos mais complexos o diretor Jabes entrava em contato com as famílias dos detentos fazendo cobranças e estabelecendo como se daria a entrada dos objetos.

Detento teve medo de ser envenenado

O promotor lembra que quando ficou sabendo que um dos presos ligou de dentro do presídio para a Polícia Militar denunciando o esquema criminoso, Jabes ficou desesperado e teria passado uma mensagem de texto para 'Romarinho', que está custodiado na unidade prisional, dizendo que o preso que fez a denúncia deveria ser morto.
RADAR64

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